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Skincare para grávidas: cuidados essenciais e componentes para evitar

(Foto: divulgação)

Cuidados com a pele durante a gestação podem ajudar a reduzir risco de estrias e melasma, além de manter a autoestima da mamãe, mas alguns componentes podem ser nocivos ao bebê

Uma preocupação frequente de mulheres grávidas é como continuar cuidando da pele durante a gestação sem causar prejuízos à saúde do bebê, já que alguns dermocosméticos podem ser absorvidos pela pele e cair na corrente sanguínea. Mas é possível continuar se cuidando de forma segura seguindo orientações do médico que acompanha o bebê e de uma especialista em beleza.

Os cuidados com a pele na gravidez são os mesmos da rotina de skincare: limpeza, hidratação e fotoproteção e até tratamento anti-idade. “A principal diferença é que alguns princípios ativos não podem ser usados porque são perigosos tanto para a reação da pele da gestante, que já está mais sensível, como para o feto”, explica a biomédica Ana Clara Brathwaite.

O que pode ser usado

De acordo com a especialista é preciso investir em ativos que promovam a hidratação, tragam água e evitem que a pele perca água, tanto no tratamento facial como corporal. Manteiga de karité, glicerina, óleos minerais, como o óleo de amêndoas são muito indicados. Existem outros que são tranquilos também, mas o ideal é optar pelos que já possuem muitos estudos comprovando que podem ser usados na gestação.

“Para tratamento da pele, a vitamina C, que é clareadora, pode ser usada em concentração menor que 10%. A vitamina E também pode ser usada e muitas gestantes usam bastante o ácido azelaico (Azelan), que trata acne e também manchas e oleosidade. O ácido hialurônico, que é hidratante e rejuvenescedor também pode ser usado com segurança durante a gestação”, explica Ana Clara.

O que não pode ser usado

A principal contraindicação é para ativos que podem sensibilizar a pele da gestante e também aumentar a penetração de algum outro ativo que podem ter risco para a gestação. A ureia é um ativo extremamente hidratante, e muito usado em áreas ressecadas, mas durante a gestação é contraindicada já que os cremes de farmácia possuem alta concentração dela.

“Ativos como o ácido retinóico e derivados, como por exemplo Roacutan ou a isotretinoína oral, são extremamente contraindicados porque eles são teratogênicos, ou seja, eles passam para o feto e podem causar má formação. O ácido salicílico não pode ser usado porque ele sensibiliza a pele e, em alta concentração, também pode ser teratogênico. A hidroquinona oferece perigo ao feto e eu também contraindico o uso do alfa arbutin porque ele é derivado da hidroquinona e no organismo será convertido em hidroquinona”, afirma Ana Clara.

Passo a passo de cuidados seguro para a gestante

Limpeza: Com o aumento da produção de hormônios, a pele pode ficar mais oleosa e causar o surgimento de acne. Por isso, a limpeza da pele é um passo fundamental e Ana Clara indica o uso de sabonetes mais neutros, com componentes mais naturais ou para peles sensíveis, como Suavié, da Darrow.

Hidratação: Os cremes corporais com óleos na sua composição ajudam a evitar o estiramento das fibras de colágeno e elastina, que podem se romper e causar estrias. Alguns cremes indicados pela especialista são o Milk, da Nivea por seu alto poder hidratante; Mustela, da Isdin, e Elastcream, da Adcos, porque são antiestrias. Já para a hidratação facial, Ana Clara indica Mineral 89, da Vichy, Hualy B5 da Principia. Para tratamento, a especialista indica Vitamina C da Principa, da Creamy ou da Dermage (Improve C 10).

Fotoproteção: Por causa do aumento do risco de manchas de acne e melasma, a fotoproteção é extremamente importante durante a gestação, inclusive é indicado evitar exposição exagerada. Ana Clara indica o uso de protetores físicos, como chapéus e roupas com FPS acima de 50 e precisa ser uma proteção de amplo espectro, UVA e UVB. Os protetores químicos que ela indica são Photoage da Dermage e Photoderm Cover Touch da Bioderma.

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