(Foto: divulgação)
Método transperineal, já muito usado na Europa, possibilita maior precisão no diagnóstico de alguns tumores e envolve menor risco de infecção quando comparado ao transretal; Hospital Vila Nova Star realizou seu primeiro procedimento em setembro
O Hospital Vila Nova Star, unidade da Rede D’or, na capital paulista, passou a adotar um novo tipo de biópsia que tem se tornado uma grande aliada na detecção do câncer de próstata. O método transperineal, já muito utilizado em serviços de saúde da Europa, se destaca por possibilitar maior precisão no diagnóstico da doença em algumas regiões da próstata e envolver menor risco de infecção quando comparado ao convencional, o transretal.
De maneira geral, a biópsia tem como objetivo remover amostras de fragmentos do tecido da próstata, a fim de identificar um possível tumor. Ela é recomendada quando há aumento nos níveis de Antígeno Prostático Específico (PSA) – proteína produzida pelas células que revestem pequenas glândulas dentro da próstata –, o que pode ser detectado com a realização do exame de sangue ou se for constatada alguma anormalidade no exame de toque retal ou de ressonância magnética.
No tipo mais comum, a via transretal, uma agulha é inserida dentro da próstata por meio do reto. Já na técnica transperineal, ela é introduzida pela região do períneo – compreendida entre o saco escrotal e o ânus –, o que permite acesso mais amplo à próstata, e viabiliza coletar fragmentos em toda a sua extensão. Outro diferencial é que, pelo fato de não ser via retal, essa abordagem reduz as chances de complicações, sobretudo infecção.
“O procedimento está se consolidando entre os urologistas e oncologistas. Ele já era realizado na década de 80 e está voltando agora, principalmente por conta do aumento do uso de antibióticos e bactérias resistentes”, explica Luiz Tenório Siqueira, intervencionista oncológico do Hospital Vila Nova Star.
Vale ressaltar, ainda, que este é um método feito por ultrassom com fusão de imagem com ressonância magnética, o que favorece a coleta de amostras de lesões suspeitas e que muitas vezes não são palpáveis ou perceptíveis somente com o ultrassom.
“Seguindo o compromisso que o Hospital Vila Nova Star tem com a excelência assistencial e com o que existe de mais moderno e tecnológico na Medicina, a biópsia transperineal vem para completar todo o rol de procedimentos diagnósticos e terapêuticos que podemos oferecer na linha de cuidado da Urologia”, afirma Pedro Loretti, diretor geral do Hospital Vila Nova Star.
Sobre o Vila Nova Star
O Hospital Vila Nova Star pertence à Rede D’or, maior grupo privado de saúde do Brasil, e foi inaugurado em maio de 2019. Atualmente conta com um time de especialistas renomados como o oncologista Paulo Hoff, a cardiologista Ludhmila Hajjar, o cirurgião Antonio Luiz Macedo, o infectologista Esper Kallas e o urologista Miguel Srougi.
Possui hotelaria seis estrelas e é voltado ao público A. Aposta não apenas no conforto, mas na segurança clínica e na alta tecnologia para acolher seus pacientes de maneira única.
A unidade dispõe de 90 leitos, dos quais 38 de UTI, sete salas cirúrgicas e uma sala hemodinâmica equipadas com aparelhos de última geração, incluindo uma sala robótica para a realização de cirurgias minimamente invasivas em inúmeras especialidades.
O serviço de diagnóstico e terapia ocupa três andares do hospital e conta com exames laboratoriais, análises clínicas, medicina rádio-intervencionista para tratar pacientes com qualquer nível de complexidade clínico-cirúrgica. Oferece ainda exames de imagem, incluindo endoscopia, e equipamentos como tomógrafo, PET/CT e o SPECT/CT, todos de última geração, totalmente digitais, que proporcionam maior conforto e segurança ao paciente.
Com 21 metros de altura e 16 pavimentos, o hospital foi construído em uma área aproximada de 22 mil m² na Vila Nova Conceição, próximo às avenidas Santo Amaro e Presidente Juscelino Kubitschek.
O hospital dispõe ainda de um dos mais avançados recursos tecnológicos para tratamento oncológico. Possui um extenso parque tecnológico para radioterapia com aceleradores lineares de última geração e recursos exclusivos, que proporcionam maior facilidade de acesso ao tumor e maior precisão na aplicação da radiação com ganhos de eficácia no tratamento e possibilidade de redução de eventos adversos.
É o caso do Cyberknife, primeiro equipamento do Brasil de radiocirurgia de terapia robótica para procedimentos intra e extracranianos. O acelerador linear é acoplado a um braço robótico e tem alcance submilimétrico e sensível aos movimentos do corpo provocados pela respiração do paciente. É extremamente preciso e capaz de direcionar alta concentração de radiação atingindo apenas o tumor, sem afetar tecidos saudáveis.
Outro destaque é a Tomotherapy, modalidade de tratamento de radiação menos invasiva e mais assertiva, que combina a radiação com exame de imagem de tomografia computadorizada, que proporciona precisão na distribuição do feixe de radiação.