Cardiologista alerta sobre como proceder em casos de afogamento
Segundo dados divulgados no boletim anual da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), a cada 3 dias um turista morre por afogamento no Brasil, sendo que o maior risco de morte ocorre na faixa de 15 a 24 anos.
O relatório mostra ainda que 44% dos afogamentos ocorrem nos meses de novembro a fevereiro e mais de 65% nos finais de semana e feriados. O boletim foi publicado em 2022, tendo como base o ano de 2020.
O cardiologista chefe da Clínica PrimeCor, Francisco Pupo, explica que “o afogamento ocorre, de modo geral, por asfixia em virtude da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas e é responsável por alterações nas trocas gasosas, causando à hipoxemia – insuficiência das taxas de oxigênio no sangue – e acidose metabólica”. Assim, levando a uma parada cardiorrespiratória.
Como agir em caso de afogamento
O médico explica que ao se deparar com um caso de afogamento, o ideal é sempre procurar ajuda especializada, mas caso não haja e a vítima estiver ainda dentro da água, o ideal é procurar ajudar sem se expor ao risco, evitando o contato direto. O correto é prover flutuação, sendo com boias e outros objetos.
Após colocar o afogado em área seca, a vítima deve ficar com a cabeça e tronco na mesma linha horizontal. Em seguida, deve checar se ela está consciente, perguntando se ela consegue te ouvir. Caso haja resposta, coloque em posição lateral de segurança e avalie, então, se há necessidade de chamar o socorro avançado.
Contudo, se não houver resposta da vítima ou se ela estiver inconsciente, chame socorro avançado imediatamente.
Também é importante checar se existe respiração. Caso não existam sinais, inicie a ventilação boca a boca com o uso de barreira de proteção e realize cinco ventilações iniciais observando um intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax, e logo em seguida o seu esvaziamento. Mas, lembre-se, o correto é sempre procurar ajuda especializada.
Francisco Pupo ainda alerta para não entrar na água se tiver consumido bebidas alcóolicas, não mergulhar em águas cuja profundidade desconhece e evitar mergulhos solitários e à noite. Também avisa que crianças exigem cuidados redobrados, mesmo quando estiverem com boias, próximas de pessoas conhecidas e num ambiente familiar.
Dados de pesquisa
De acordo com dados do Google, a busca por “afogamento” na plataforma atingiu seu valor mais alto no índice em comparação anual entre início de janeiro deste ano e de 2022. Em 1º de janeiro do ano anterior, o termo marcava 42 pontos no índice que vai até 100, enquanto no primeiro dia deste ano, a pesquisa pela palavra chegou ao pico máximo de 100.
Vale ressaltar, que os números representam o interesse de pesquisa relativo ao ponto mais alto no Brasil em um dado período. Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da popularidade.
Por: Lucas Vasconcelos