Quiet quitting: O que é e como evitar que o fenômeno acometa a sua empresa

A instrutora de RH na Udemy Ana Cristina Moraes explica o termo e compartilha dicas para evitar que a “demissão silenciosa” chegue ao seu negócio

O termo quiet quitting ganhou popularidade recentemente nas redes sociais brasileiras. Porém, a tendência da demissão silenciosa, como pode ser traduzida a expressão, tem causado preocupação entre as empresas.

Segundo Ana Cristina Moraes, instrutora de RH na Udemy, o movimento, surgido nos Estados Unidos principalmente entre a geração Z, chegou ao Brasil em novembro e está relacionado aos desafios enfrentados pelos profissionais desde a pandemia, que potencializaram a necessidade de manter em dia a saúde mental e física.

“Se os profissionais de uma empresa estão demonstrando menos produtividade e, ao mesmo tempo, parecem estar sempre cansados, isso pode ser um sinal de burnout, ou seja, de síndrome do esgotamento profissional. E isso gera ainda um desinteresse em participar do crescimento do negócio, o que também é ruim para o negócio em si”, afirma Moraes.

A tendência da quiet quitting defende que os profissionais façam, então, somente o que consta nas suas descrições de cargo, com o objetivo promover um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Moraes entende isso como um importante contraponto ao trabalho incessante, que muitas vezes é visto como sinônimo de grande dedicação à empresa, mas geralmente não é saudável. Mas ela defende que os profissionais cheguem a um equilíbrio – e, para isso, divide algumas dicas de prevenção adotadas por empresas.

Segundo Moraes, em primeiro lugar, é fundamental que o papel da liderança seja claro. “Cabe aos líderes não apenas atrair talentos, mas também retê-los”, diz ela. Por isso, além de engajarem e cobrarem produtividade dos times, os líderes precisam tomar cuidado com a exaustão dos profissionais. “O conceito de segurança psicológica, que tem a ver com promover um ambiente de trabalho seguro psicologicamente e mais acolhedor, por exemplo, é algo que deve ser buscado pelos gestores”, afirma Moraes.

Recentemente, o instituto de pesquisa americano Gallup divulgou um estudo sobre exaustão e mercado de trabalho – e, de acordo com ele, apenas 21% dos profissionais se dizem engajados com o próprio trabalho. Outro dado relevante é o de que 53% dos respondentes da América Latina afirmaram sentir preocupação diária no ambiente corporativo, o maior percentual entre as regiões.

Uma dica de Moraes para as empresas, considerando o cenário, é repensar os seus pacotes de benefícios, oferecendo serviços de apoio à saúde mental, entre outros que podem motivar os funcionários, como capacitação em novas habilidades. “Esses benefícios são percebidos como recompensas e distinguem uma marca empregadora da outra”, afirma ela.

 

Sobre a Udemy:

A Udemy (Nasdaq: UDMY) melhora vidas por meio do aprendizado, fornecendo desenvolvimento de habilidades de maneira flexível e eficaz, para capacitar pessoas e organizações. O marketplace da Udemy, com milhares de cursos atualizados em dezenas de idiomas, oferece as ferramentas de que alunos, instrutores e empresas precisam para atingir os seus objetivos e todo o seu potencial. Milhões de pessoas aprendem na plataforma da Udemy com especialistas do mundo real, em temas que vão desde programação e ciência de dados até liderança e team building. A Udemy Business permite que os empregadores ofereçam aprendizado sob demanda para todos os seus funcionários, aprendizado imersivo para os seus times de tecnologia e aprendizado em grupo para os seus líderes. Entre os clientes da Udemy Business, estão a FenderⓇ, o Glassdoor, a On24, o Banco Mundial e a Volkswagen. A Udemy está sediada em São Francisco (Estados Unidos), com hubs em São Paulo (Brasil), Ancara (Turquia), Austin (Estados Unidos), Boston (Estados Unidos), Mountain View (Estados Unidos), Denver (Estados Unidos), Dublin (Irlanda), Melbourne (Austrália) e Nova Délhi (Índia).

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