Ato gera estresse que impacta no corpo, sendo os ombros uma das áreas mais afetadas, explica SBCOC
O ano caba de iniciar e uma das principais metas que muitas pessoas colocam em suas listas é evitar a procrastinação, questão essa que, mais do que não conseguir cumprir as tarefas em tempo hábil, traz riscos à saúde física e mental.
Uma pesquisa publicada neste mês na revista JAMA Network Open, feita com 3.500 alunos de universidades da Suécia em três momentos, estudou os efeitos da procrastinação. O estudo revelou que o ato de procrastinar impacta na saúde mental, causando estresse e doenças como ansiedade e depressão, além de problemas físicos, como dores nas extremidades superiores. Nessa região do corpo, o ombro é uma das principais partes que sofrem com a tensão.
“Uma das situações mais frequentes é a dor miofascial, na qual a pressão sobre pontos sensíveis dos músculos causa dor em partes do corpo aparentemente não relacionadas. Os sintomas incluem dor persistente ou um nó muscular sensível”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo.
As dores costumam irradiar para outras partes do corpo, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes e as tarefas diárias. “Por isso, é importante que, aos primeiros sinais de incômodo, um especialista seja procurado para o diagnóstico e tratamento correto”, frisa.
O cirurgião do ombro salienta a importância da prática de atividades físicas, que melhora a saúde dos músculos e previne as dores musculares no longo prazo. “Também recomenda-se manter boa postura, exercícios de respiração para melhorar o bem-estar e a adoção do hábito diário de se alongar. O alongamento torna os músculos mais flexíveis, fortes e saudáveis e, ainda, alivia o estresse, fator relevante para a causa de dor nos ombros”, conclui.