Nunca é fácil dizer adeus

Lidar com o luto é, sem dúvidas, uma das coisas mais difíceis que podemos passar na vida, ao mesmo tempo que é uma das únicas certezas dela. E com luto não estou falando apenas na perda de uma pessoa, mas também de um emprego, de uma relação ou de uma época muito boa.

Por mais que saibamos que em algum momento isso vai acontecer, nunca estamos preparados, e infelizmente essa é uma questão que temos que lidar, é preciso sentir para poder seguir, e que fique bem claro que seguir em frente não é a mesma coisa que esquecer.

Existem situações que a perda de algo pode ocasionar em novas oportunidades que nos ajudam a crescer como pessoa, como deixar uma relação ou emprego tóxico, servindo como uma régua para impor limites e nos conhecer melhor, é o que costumamos ver como a dor do crescimento.

Mas infelizmente ao perder pessoas a situação muda completamente, até porque perder alguém que amamos nunca resultará em algo positivo, principalmente quando é uma morte precoce, porém um ensinamento que a finitude traz é do quão valioso é o tempo que passamos ao lado das pessoas.

Conversar sobre morte e luto é extremamente necessário, nos ajuda a ver toda essa situação com outra lente, não dá espaço para a culpa e nos faz dar valor ao agora, que é a única coisa que temos de verdade.

A vida é um ciclo e precisamos entender o fim dela não é algo ruim, mas necessário, e que sim, a dor deve ser sentida, mas que com o tempo ela dê espaço para a saudade dos momentos bons que mostram que a passagem de quem amamos aqui na terra fez diferença.

E não poderia falar sobre esse assunto sem mencionar o filme Querida Zoe que retrata com muito cuidado o processo da perda de uma maneira real, esse é um filme sensível que nos faz pensar e repensar nossas relações e de que há momentos em que precisamos de ajuda e não há mal algum em pedir.