Hard Skills e as estratégias para identificá-las no processo de contratação

Por Dani Verdugo

Ao longo dos anos, tem-se discutido muito a respeito da importância das características comportamentais, também conhecidas como soft skills. E, de fato, eles fazem toda a diferença na forma que temos para atuar diante das situações, relações e decisões.

Mas, e as habilidades técnicas? A capacidade de lidar com situações específicas? A habilidade para utilizar determinados equipamentos, e até mesmo tecnologias? Os idiomas para poder se comunicar com outras culturas? Os “hard skills” não deixaram de ser importantes. Eles apenas são potencializados por pessoas que possuem e/ou desenvolvem melhor seus soft skills.
A essencialidade de ambos para a formação de um bom profissional é tão consistente que, quando olhamos a lista do Fórum Econômico Mundial, que apresenta as competências profissionais mais importantes até 2025, fica muito claro que há uma relação simbiótica entre eles.
Pensamento crítico e inovação, aprendizagem ativa, resolução de problemas, pensamento crítico, criatividade, liderança, uso e monitoramento de tecnologia, programação, resiliência + tolerâncias + flexibilidade, raciocínio lógico, inteligência emocional, experiência do usuário/cliente, análise e avaliação de sistemas, persuasão e negociação.

 

Em um processo seletivo, é desafiador identificar, avaliar e validar a proficiência dos profissionais em relação aos “hard skills”. E vamos listar aqui, dicas valiosas para os recrutadores e gestores, garantirem uma avaliação mais assertiva a respeito destes aspectos.
1. Aplicação de testes específicos: há muitas ferramentas online para avaliar o nível técnico de uma pessoa em determinado assunto. Então vale fazermos uso destes recursos;

2. Aprofundamento no desempenho, assiduidade e cases diante de certificações e formações: como um currículo e/ou um perfil em rede profissional pode ser escrito como o profissional bem entende, é importante validarmos não apenas a veracidade da conclusão, como também a qualidade daquele aluno;

3. Busca de referências profissionais: conversar com antigos líderes e/ou professores, poderá reforçar ou não as habilidades de determinado candidato em relação a um tema específico;

4. Aplicação de business case: a prática é a maneira mais assertiva de avaliar um profissional. Diante disto, aplicar problemas para resolução e apresentação, costuma funcionar muito bem, mesmo que numa situação hipotética;

5. Interação com outras pessoas que possuem proficiência no tema e/ou idioma: sempre que houver a possibilidade, inserir no processo, interlocutores que possam aferir (também na prática) a real habilidade daquela pessoa.

 

Aplicar este tipo de avaliação, juntamente com um bom processo de entrevista por competência e uma avaliação de tendência comportamental, mitiga muito possíveis “erros” na hora de escolher o melhor candidato para uma determinada posição.

 

Dani Verdugo é founder do Grupo THE e CEO da THE Consulting.

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