Nos últimos anos, o Brasil tem sido alvo de um crescente número de crimes cibernéticos. Com o avanço tecnológico e a inclusão digital, os criminosos encontraram novas formas de praticar delitos e descobriram que os dados são ativos valiosos.
Atualmente, o Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de crimes cibernéticos, afetando cidadãos, empresas e até mesmo instituições governamentais. De acordo com relatórios recentes, somente em 2022, o país sofreu mais de 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, representando um aumento de 16% em relação aos 88 bilhões do ano anterior.
Essa persistência dos fraudadores coloca o Brasil em segundo lugar na América Latina em termos de ataques virtuais. O país fica atrás apenas do México, que registrou um assustador número de 187 bilhões de tentativas de fraudes em ambientes digitais.
Os tipos de crimes cibernéticos mais comuns incluem:
Phishing e golpes financeiros: os criminosos utilizam e-mails falsos e páginas fraudulentas para obter informações pessoais, como senhas e dados bancários, com o intuito de roubar dinheiro das vítimas.
Ransomware: trata-se de um tipo de malware que criptografa os arquivos, bancos de dados e servidores da vítima, exigindo um resgate para liberá-los.
Ataques de negação de serviço (DDoS): os atacantes sobrecarregam um serviço ou site com tráfego excessivo, tornando-o inacessível.
Vazamento de dados: informações sensíveis de empresas e indivíduos são obtidas ilegalmente e posteriormente divulgadas.
Extorsão sexual online: os criminosos se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas para obter imagens ou vídeos íntimos, usando-os para extorquir dinheiro ou praticar outras formas de violência.
Os crimes cibernéticos causam danos significativos tanto para as vítimas quanto para a sociedade como um todo. Além dos prejuízos financeiros, eles afetam a privacidade das pessoas, a confiança nas transações online e até mesmo a estabilidade econômica. Empresas são prejudicadas, dados sensíveis são expostos e a sensação de segurança digital é comprometida, afirma Wladimir Rodrigues, CISO da RPE empresa brasileira de tecnologia que oferece soluções em meios de pagamento para potencializar o mercado varejista.
Mas, segundo o especialista, para combater esses crimes, as autoridades brasileiras estão cientes da gravidade da situação e têm tomado medidas. Dentre as ações adotadas, destacam-se:
Investimento em tecnologia: aprimoramento dos sistemas de segurança e capacitação de profissionais para atuar na área de segurança cibernética.
Aprimoramento da legislação: atualização das leis para lidar especificamente com os crimes cibernéticos, permitindo uma ação mais efetiva das autoridades.
Criação de unidades especializadas: estabelecimento de delegacias e grupos de investigação especializados em crimes cibernéticos.
Conscientização e educação: realização de campanhas de conscientização para alertar a população sobre os riscos e práticas seguras na internet.
Os crimes cibernéticos representam uma ameaça real e crescente no Brasil, exigindo uma ação conjunta das autoridades, empresas e cidadãos. É fundamental investir em segurança cibernética, atualizar a legislação e conscientizar a população sobre a importância de proteger seus dados e estar atento aos perigos online. Somente por meio de esforços conjuntos será possível enfrentar essa crescente ameaça e garantir um ambiente digital menos vulnerável e confiável para todos os brasileiros, finaliza Wladimir.