Comprar menos, (o)usar mais.

Use ao máximo o que você já tem no seu guarda-roupa!

Você gosta de comprar roupas? Eu adoro. Mas se até um tempo atrás eu era muito consumista, hoje me considero uma compradora madura e consciente. Essa mudança foi gradual e entendo que é sinal de autoconhecimento.

Se penso e repenso antes de comprar algo e acho bem mais divertido dar novos usos a peças que já tenho no meu guarda-roupa, isso passa pelo fato de ter aprendido a me vestir para a pessoa que sou e não para aquela que gostaria de ser. Vou dar um exemplo: por mais que adore tailleurs e saltos altos, meu ambiente de trabalho não é formal. Minha vida incluí uso do transporte público lotado misturado a uma boa dose de home office. Além disso, moro no Rio de Janeiro e faz calor o ano quase todo. Sou pessoa do vestido e da sandália rasteira a maior parte do tempo.

Ter descoberto que a vida pede de mim um visual mais casual no cotidiano, porém, não me impede de investir em um terninho ou em uma blusa de cetim, caso eu sinta vontade ou uma ocasião especial peça. O que funciona pra mim é sinceridade comigo mesma. “Vou realmente usar muito isso?” – é a pergunta que costumo me fazer na hora de comprar algo.

E só levo se conseguir pensar em fazer a peça combinar com o que já tenho e for circular em muitas atividades minhas. Por exemplo, leggings. Só pode ir para a academia? Não acho. Ah, mas não é elegante. Taí, eu não sou elegante. Sabe o lance do autoconhecimento? Então. Minha realidade, há cerca de dois anos, é ir pra academia todos os dias. Foi por isso que investi em roupas para esse ambiente e algumas das minhas leggings são simplesmente lindas! E nem pense que só uso preto, coloridas também estão na minha coleção. Vou limitá-las ao universo fitness? Não mesmo. No inverno basta combinar com um par de botas de cano longo, maxi suéter e voilà! Acho prático, descolado e moderno. Ou com o clássico trench coat caramelo e mocassins. No verão, uma bata de algodão bem romântica vai bem com leggings de comprimento capri e sapatilhas delicadas.

Outro exemplo são as peças de paetê. Elas começam a aparecer com força perto das festas de fim de ano. Até bem pouco tempo atrás estavam restritas a marcas muito caras e eram destinadas a eventos chiquérrimos. Mas isso – que bom! – mudou. Várias lojas de departamento passaram a incluir esse tipo de roupa nas suas coleções para o Réveillon. Se você gosta de uma boa barganha, como eu, considere que elas são um ótimo investimento para a temporada de liquidação que as lojas fazem no início do ano – foi assim que comprei a minha saia. Optei por um modelo clássico, a saia lápis, porque considero que os paetês já chamam atenção o suficiente. E eu uso na rua? De dia? Eu uso. Acho que as saias, assim como as calças e shorts de paetês, ficam ótimas com camisetas básicas, regatas de malha canelada e camisas polo. Blazers e coletes podem seguir a mesma regra da mistura do básico esportivo + brilho festivo: uma peça de malha por baixo, uma calça jeans e sapatos mais casuais como um tênis ou uma sandália rasteira.

Comprar roupas é uma delícia, mas como tudo na vida, em excesso causa prejuízos. Ao seu bolso e à natureza. Além disso, um armário cheio nem sempre é sinônimo de muitas opções de look. Por isso não tenha medo de se livrar daquilo que não faz mais o seu estilo só porque é entendido como elegante, moderno ou tem uma etiqueta famosa. Venda ou doe, desapegue! E vá usando o que você já tem de maneiras novas, todos os dias.

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