Hoje, dia 21 de março, comemora-se o Dia da Poesia. Para alguns, é uma arte bonita. Para outros, é uma forma de se expressar e até mesmo de ganhar o sustento diário. Para mim… é um escape. Um grito no escuro.
Quando criança, não sabia como expressar o que sentia como os outros. Sempre tive muitos sentimentos e minha mente nunca parava de falar. Parecia que não conseguiria silenciar jamais, e de fato, não estava errada. Eu queria gritar cada vez que sentia algo intenso, sem ser capaz de colocar em palavras o que realmente estava dentro de mim.
Por volta dos doze anos, descobri a poesia, mesmo sem saber que era isso que estava fazendo. Foi a primeira vez que consegui gritar tudo o que meu coração sempre implorou para liberar durante todos aqueles anos.
Nos versos, encontrei um refúgio seguro onde podia ser eu mesma, sem medo de julgamentos ou de não ser compreendida. A poesia me deu asas para voar para longe da confusão do mundo real e mergulhar em um universo só meu, onde cada palavra construia um caminho que antes nunca conheci.
Desde então, a poesia tem sido minha companheira constante, minha confidente silenciosa e meu consolo nas horas mais difíceis. Ela me ensinou que não importa o quão tumultuado seja o mundo lá fora, sempre haverá um lugar tranquilo dentro de mim onde posso encontrar paz. Um lugar seguro.
Neste Dia da Poesia, além de celebrar essa arte, quero prestar homenagem a todos os poetas: aqueles que encontram nela sua fonte de sustento e também aqueles como eu, para quem a poesia é um suspiro de alívio. Que possamos reconhecer e valorizar não apenas os versos que enfeitam as páginas dos livros, mas também os gritos silenciosos que ecoam em nossos corações, transformando a dor em beleza e a confusão em clareza. Que a poesia continue a ser nossa bússola no caminho ao encontro de nós mesmos, nos guiando através das tempestades e iluminando os caminhos mais sombrios com sua fonte de luz infinita.
