O mercado de skincare está a todo vapor. Novidades e tendências surgem com frequência e ganham destaque nas redes sociais. Escolher um produto só pela embalagem ou para seguir uma tendência pode não dar certo. É necessário conhecer os ativos e o embasamento científico por trás da fórmula para descobrir quais são realmente eficazes e seguros, além de fazer a escolha certa para cada tipo de pele.
Ativos como a niacinamida, a vitamina C, o ácido hialurônico e o colágeno, por exemplo, se tornaram indispensáveis nas rotinas de cuidados com a pele. Isso porque além de ter sua eficácia comprovada por diversos estudos, eles podem ser usados pela maioria das pessoas. Hoje, esses ingredientes são encontrados em diversas categorias de produtos, como hidratantes, protetores solares, séruns e géis de limpeza.
“A niacinamida, também chamada de vitamina B3, funciona em praticamente todos os tipos de pele, inclusive as mais sensíveis. Ela possui diversos benefícios, como controle de oleosidade e uniformização de marcas escurecidas”, explica Thatiana Hadlich Blumenberg, dermatologista e membro titular da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).
A vitamina C é uma das aliadas no rejuvenescimento. Ela tem ação antioxidante, melhora a firmeza e uniformiza o tom da pele. No entanto, os estudos indicam que a concentração ideal é entre 10% e 20%, uma vez que percentuais menores não são eficazes, e os maiores aumentam as chances de efeitos adversos. Nesse intervalo, os resultados na pele são melhores e as fórmulas têm mais tolerabilidade.
Já o ácido hialurônico está disponível em diferentes pesos moleculares – as mais leves penetram mais profundamente, proporcionando uma hidratação profunda, enquanto as mais pesadas penetram menos e formam uma barreira de proteção na pele. “Ele ajuda a melhorar a elasticidade, a firmeza, o viço e a produção de colágeno, além de também funcionar para a maioria das pessoas”, adiciona a dermatologista.
Quando falamos na manutenção global da saúde da pele, um dos principais aliados é a reposição de colágeno. A suplementação com produtos adequados que contenham essa proteína possui efeitos na sustentação e firmeza da pele, auxiliando no tratamento dos sinais do envelhecimento, como rugas, flacidez, celulite e perda de viço.
No entanto, é preciso estar atento caso opte pela suplementação oral. A maioria dos tipos de colágeno acaba se dissipando para todo o corpo após a absorção pelo trato gastrointestinal. Atualmente, apenas o Verisol tem o direcionamento específico para a pele com estudos que comprovam o efeito desejado.
Uma maneira de conferir a segurança de um cosmético é verificar se ele está registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Cada produto de higiene pessoal é classificado de uma maneira e, para que um dermocosmético seja considerado seguro e cumpra o que promete, ele deve ser de grau 2. Para isso, o laboratório precisa comprovar as informações com dados científicos.
“A indústria cosmética está em constante evolução. Os avanços científicos desempenham um papel crucial no desenvolvimento de produtos cada vez mais eficazes e seguros. Não basta produzir um creme. Os laboratórios sérios e conceituados usam a ciência para comprovar que aquele produto funciona e é seguro”, assinala a dermatologista.
Conhecer a função básica dos principais ativos, assim como apostar em produtos com chancela científica e fórmulas completas, são o caminho para investir em itens seguros e eficazes. Mesmo assim, antes de acrescentar qualquer produto à rotina de skincare, é importante consultar um dermatologista.
“A rotina de cuidados com a pele deve ser composta por produtos específicos para as necessidades de cada pessoa, evitando gastos desnecessários e erros comuns, como a escolha de produtos que não são adequados para aquele tipo de pele. Isso pode ter consequências sérias, por exemplo, o surgimento de marcas escurecidas, que podem ser mais difíceis de tratar do que a queixa inicial”, alerta a Dra. Thatiana.