A França, reconhecida mundialmente como berço da alta-costura, está vivenciando uma transformação significativa no setor da moda. Segundo o Instituto Francês da Moda (IFM), em 2024, 58% das marcas no país já ofereciam produtos de segunda mão, refletindo uma mudança nos hábitos de consumo e uma crescente preocupação com a sustentabilidade.
Um mercado em expansão
O mercado francês de moda de segunda mão foi avaliado em aproximadamente 6 bilhões de euros em 2024, representando 12% das vendas totais de moda no país. Esse crescimento é impulsionado por plataformas digitais como Vinted, que facilitam a revenda de roupas e acessórios, e por iniciativas de grandes lojas de departamento, como a Printemps e a Le Bon Marché, que incorporaram espaços dedicados à revenda de peças de luxo.
Fatores que impulsionam a rendência
Diversos fatores contribuem para o crescimento da moda de segunda mão na França:
•Sustentabilidade: A preocupação com o impacto ambiental da indústria da moda leva consumidores a optarem por alternativas mais ecológicas.
•Economia: A inflação e o aumento do custo de vida tornam a compra de roupas usadas uma opção financeiramente atrativa.
•Exclusividade: A busca por peças únicas e vintage atrai consumidores interessados em estilo individualizado.
Desafios e perspectivas
Apesar do crescimento, o mercado de segunda mão enfrenta desafios, como a gestão de inventário e a garantia de qualidade dos produtos revendidos. Além disso, há uma necessidade de adaptação das marcas tradicionais para integrar modelos de negócios circulares.
A expectativa é que o mercado francês de moda de segunda mão continue em expansão, acompanhando a tendência global que prevê que esse segmento representará 10% do mercado da moda até o final de 2025.