Comum em pessoas com mais de 40 anos e raro em crianças e negros, o câncer de pele é tumor mais incidente no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele representa 31,3% do total de casos diagnosticados no país. Segundo especialistas, a doença tem se tornado cada vez mais comum entre os jovens, devido à constante exposição dos mais novos aos raios solares. Queimaduras, manchas e fotoenvelhecimento também são alguns dos problemas que estão associados ao descuido com o corpo. Uma forma de proteger e garantir a saúde da pele é com o uso contínuo de protetor solar.
A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e os raios solares penetram profundamente na pele. E os protetores solares são capazes de prevenir os males causados por essa exposição. O protetor ideal deve ter boa proteção contra os raios UVA e UVB, além de ser resistente à água e não manchar a roupa. No mercado é possível encontrar o produto em diversos formatos: gel, creme, loção, spray ou bastão. Mas além da apresentação, é preciso ficar atento ao fator de proteção solar (FPS). Pessoas mais claras devem usar protetores com FPS 30, no mínimo.
O ideal é que as pessoas busquem por produtos que melhor se adequem à própria pele. Poucos sabem, mas também é possível manipular as fórmulas de protetores solares para alcançar melhores efeitos e atender as particularidades de cada um. “Os manipulados trazem em sua formulação componentes adequados para cada cliente”, afirma Flávia Ribeiro, farmacêutica e sócia-fundadora da Quality Farmácia de Manipulação. “Se a pessoa possui uma pele oleosa e com tendência à acne, nós conseguimos, por exemplo, formular um produto livre de óleo e com toque seco, que não obstrui os poros”.
Proteção de dentro para fora
Nos últimos anos, os protetores orais — em cápsula — se tornaram mais uma opção para quem quer se cuidar ainda mais. O produto contém em sua composição o ativo Polypodium Leucotomos, uma planta que apresenta propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e de fotoproteção, que protege a pele dos radicais livres gerados pelo calor e fortalece o sistema imunológico. “As cápsulas aumentam a tolerância ao sol e protegem de eritemas – inflamação causada pela exposição excessiva aos raios ultravioletas -, protegendo o DNA das células combatendo o foto envelhecimento”, comenta Flávia.
Vale ressaltar, que eles não substituem o produto de uso tópico. “O protetor solar oral funciona apenas como um aliado em uma ação conjunta. As pessoas ainda devem ficar atentas ao uso contínuo e a reaplicação dos cremes e géis, por exemplo. Além de usarem também formas físicas para evitar a exposição à radiação UV, como chapéu, óculos, camisetas e outros”, pontua a farmacêutica.
Flávia reforça que é fundamental que as pessoas busquem atendimento regular em dermatologistas para checar de tempos em tempos a saúde da pele. “Além do uso contínuo do protetor solar, é necessário um acompanhamento médico, principalmente em casos de surgimento de manchas e pintas”, finaliza.