Você já parou para ver o quanto de notícias surgiram ultimamente falando sobre como o corpo da mulher deve ser para ela ser aceita?
É no podcast que atrela valor ao físico, é no reality show onde o cara diz que não aguentaria casar com a participante ou em vídeos que limitam a mulher a peso, idade e até o tipo de bebida que ela toma.
Fala sério, é cada papo absurdo que parece piada.
Mas esse é um reflexo da triste realidade em que vivemos, onde o nosso corpo e escolhas vivem em constante vigia por olhos de quem se recusa a ver além (e para o próprio umbigo).
E apesar dessa opinião ser completa e unicamente do outro, infelizmente ela nos afeta a níveis estrondosos. Somos bombardeadas diariamente com dicas de emagrecimento ou com a positividade tóxica que afirma que não podemos nem por um segundo se incomodar com nosso corpo. Mas fala sério, quem se ama por completo 24/7?
Sim, todo esse papo 8 ou 80 cansa, mas calma que temos uma luz no fim do túnel, e ela é o movimento body neutrality, ou no bom português, neutralidade corporal.
Ele defende que a aparência não deve ser o fator mais importante de nossas vidas, tampouco ser régua para definir valor, até porque o nosso bem-estar não deve ser refém do físico.
É sobre viver no agora ao invés de ficar presa na idealização de um peso ideal. E não, não temos que amar cada partezinha do corpo, mas é nossa obrigação ser gentil e perceber o quão importante ele é para nossa vida, é graças a ele podemos andar, comer, respirar e mostrar ao mundo todos os nossos talentos, isso não é pouca coisa!
Assim como tudo na vida, o corpo muda, e o tempo passa, e um spoiler: ele não volta! Então viva, respeite seus limites e passe a fazer as coisas para se sentir bem, não por mera estética, mas está tudo bem querer mudar se for algo de você para você.
Vamos dar o primeiro passo? Então faça aquela limpa no seu Instagram e comece a seguir pessoas reais que tenham um corpo parecido com o seu para se inspirar.
Dica de Perfis
Dica de Podcasts
Sim, existem vários podcasts que falam sobre a relação feminina com o corpo durante os anos e nos ajudam a entender como toda essa bola de neve foi criada trazendo aquela sensação de pertencimento e entendimento que muda nossa perspectiva.
Bom dia, Obvius #167/ escandalosamente eu mesma, com La Robertita
Bom dia, Obvius #178/ nem sempre foi assim: quando Deus era mulher, com Lari Agostini
Rádio Endorfina #45/ Projeto verão sem canga, com Sophie Deram e Nina Gabriella
Rádio Endorfina #49/ Até quantos quilos vai o seu amor? Com Amanda Souza
Dica de Séries
Apaixonados Outra Vez
Apesar de não serem os protagonistas, a série traz a corpos reais em situações em que normalmente vemos apenas atrizes e atores magros e, por mais que sejam poucas, elas mostram que independente do peso, as pessoas são sim desejadas e livres para explorar sua sexualidade.
A Flor Mais Bela
Essa série adolescente é bem leve, mas levanta pontos muito importantes sobre aceitação, relações com a família, amigos e acima de tudo consigo mesma, é uma pegada Eu Nunca…, e confesso que deu um quentinho no coração ver uma protagonista que é considerada “fora do padrão”.